A morte dolorosa desse professor é , pela minha experiência de 41 anos de magistério,expressão extrema do desrespeito que permeia o dia a dia de escolas estaduais e particulares ,em vários sentidos.
Merece uma profunda reflexão.
A Escola, que deve ser transformadora, tem reproduzido, muitas vezes, as piores práticas do capitalismo corrupto em que vivemos. O pior é que são práticas não tão perceptíveis como sendo violentas. Desrespeitos a leis trabalhistas. Manipulação nas contratações. Assédio moral.
Isso tudo praticado pelas gestôes despreparadas com relação a professores, funcionários e alunos.
A alienaçao política dos professores enquanto grupo que não percebe nos "deslizes" cotidianos praticados atos de corrupçâo, e que opta por se calar para não ficar "mal" com as escola ou ,o que é pior, levar vantagem com a perda do colega , gera um ambiente perverso de falsidade, de insegurança,de muito desgaste e conflitos que vão refletir no ambiente de sala de aula.Professores que não são respeitados, nao respeitam colegas e acabam por desrespeitar o direito dos alunos, como bem avaliar, entregar notas em dia e,o pior, até humilhar.
E, muitas vezes, os que tentam ser melhores, justos, honestos é que pagam os mais altos preços. As tensões vão se acumulando e a corda rebenta em qualquer lugar.
Estou desolada e perplexa. O sentimento que tenho é que a Escola não quer mudar, e por isso está implodindo.A Escola doente adoece cada vez mais os seus.
Onde a Salvação?
Um comentário:
há muito tempo a escola precisa rever seu papel na sociedade como participante de uma parcela erudita e
consciente. Ela tem dado verdaaaeiro exemplo de negação e oportunismo em relação a formação de mão de obra para mercado. Essa cumplicidade adestrada e maldita aflora e sufoca a transversalidade que atualmente é usada como paradigma de reforma. Essa reforma é pra quem? permanece no ar a minha pergunta como forma de protesto em relação a atos de vandalismo do tipo acontecido com o Kassio.
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