18 de Abril de 2011 - 15h53
Lungaretti espinafra a cobertura da mídia sobre o caso Battisti
O jornalista e ex-preso político Celso Lungaretti integrou o grupo que, em 2009, visitou o italiano Cesare Battisti na penitenciária da Papuda em Brasília. Seu objetivo era ouvir a versão pessoal de Battisti — que foi condenado na Itália por quatro homicídios e aguarda decisão da Justiça brasileira.
Em entrevista a Luiz Gustavo Pacete, do Portal Imprensa, Lungaretti lembra que, quando visitou Battisti, presenciou um perfil do escritor muito diferente do que a imprensa retrata. A experiência o motivou ainda mais a defender uma campanha pela libertação de Battisti, em oposição à grande mídia.
Segundo Lungaretti, a primeira impressão do presídio em que está o italiano foi pouco opressiva. "Abracei Battisti sem que nenhum segurança se preocupasse com a possibilidade de lhe passar algum contrabando. Decididamente, não o consideram perigoso", ironiza.
O jornalista, de 58 anos, critica a forma como o italiano é retratado na imprensa brasileira: "Já passei pelos porões e prisões da ditadura, sei de uma série de fotos do Cesare, feitas por um profissional. Muitas o tornarão simpático aos leitores e outras não", afirma sobre a manipulação de imagens que pode ser feita na prisão. Lungaretti passou por torturas em unidades do Destacamento de Operações de Informações (DOI) e Centro de Operações de Defesa Interna de SP e RJ quando foi preso político.
Leia abaixo a entrevista.
Portal Imprensa: Muitos de seus artigos criticam a cobertura da imprensa sobre o caso Battisti...
Celso Lungaretti: A próxima decisão sobre o caso está por vir, acredito que depois da semana santa. E vejo agora que na reta final parece que a imprensa pretensiosa não vê mais chance de interferir no caso. Ela parece ter tirado seu time de campo após ter conduzido uma ação orquestrada por parte de alguns jornais e revistas quando o então ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou o refúgio. 19 abr
Jaime
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